20/11/2012 - Convênios e prestadoras de serviços conheceram projeto Hospital São Camilo em 100% SUS

Convênios e prestadoras de serviços conheceram projeto Hospital São Camilo em 100% SUS
   Convênios, prestadores de serviços e a comunidade conheceram na manhã de ontem (19), em audiência pública promovida pela Câmara de Vereadores, o projeto que pretende que a Fundação de Saúde Pública Hospital São Camilo passe a atender somente pelo Sistema Único de Saúde - projeto 100% SUS, excluindo atendimento de convênios e particulares. A medida, conforme o Executivo, visa captar recursos do estado,  depois que foi sancionada a Emenda 29, que obriga estados e municípios a aplicar, respectivamente, 12% e 15% de suas arrecadações tributárias na manutenção da saúde pública.  A matéria é de iniciativa do Executivo e tramita na Câmara de Vereadores há algumas semanas. 
    Para o representante dos convênios, em especial da Unimed, o médico Lauro Dondonis, a implantação deste sistema é um erro, pois deixará de atender mais de 20 mil esteienses, somente da Unimed Porto Alegre.  "Este é um projeto político, que logo pode ser deixado de lado pela próxima administração", teme. Dondonis também garantiu que os usuários dos convênios não são pessoas de posses. "Sua grande maioria são trabalhadores que tem o plano de saúde através de suas empresas", argumentou. Ele ressaltou, ainda, que é preciso pensar no hospital para o futuro. "Estes recursos são vinculados ( que não podem ser utilizados para outros fins)", explica. 
    Segundo o secretário de Saúde, José Silveira, este é o momento de o município captar este recurso - que não tem valor definido -  oferecido pelo estado. Silveira entende, ainda que o hospital foi construído com recursos públicos.  "Que os convênios construam seus hospitais para atendimento aos seus conveniados", diz. Além disso, Silveira garantiu que o hospital vai continuar com o atendimento  em nível ambulatorial dos convênios. 
    Já o presidente do Conselho de Saúde, Luis Antônio Oliveira,  disse que é preciso investir nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nos posto de saúde do município. Para o presidente, este recurso  do estado não poderá ser utilizado em folha de pagamento, o que pode comprometer o funcionamento da instituição. "Se aprovado o projeto, é preciso que a comunidade cobre da direção, para que o hospital cresça", disse. 
    O vereador Harri Zanoni (PSB) lembrou da transformação do hopistal em fundação, em 2010, e destacou a preocupação com a administração e a gestão da instituição. Já a vereadora Michele Pereira (PT) ressaltou que é preciso que o hospital tenha atendimento especializado de ortopedistas e pediatras, por exemplo, e também concordou que existem problemas de ordem financeira e de gestão. Já o vereador Jaime da Rosa (PSB), destacou que os planos de saúde não oferecem prejuízo financeiro ao hospital. "São palavras do secretário de saúde", afirmou. O vereador Luiz Duarte(PTB) acredita que as ações voltadas para a saúde são importantes e que o hospital precisa deste recurso. Os vereadores visitam hoje (20) o Hospital de Montenegro, que há  dois meses atende o projeto 100% Sus, em busca de informações sobre o projeto.  Participaram da audiência os vereadores Leonardo Dahmer (PT) e Tânia Marli rodrigues (PTB), além da diretora administriva do hospital, Liege de Jesus.
    
  A verba: O valor do recurso, conforme a diretora Adjunta do Departamento de Assistência Hospitalar DAHA), Ana Boll, em reunião com vereadores na última semana, depende do levantamento do custo para a manutenção do hospital e do levantamento que o estado realizar. Atualmente a fundação atende 83% SUS e 17% de convênios e particulares. 

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