Frente Parlamentar de Obras e Mobilidade debate possível pedágio na ERS 118

Atividade foi realizada no Plenário da Câmara na última quarta-feira (19)

20/04/2023 - Em audiência pública realizada pela Frente Parlamentar  de Obras e Mobilidade na última quarta-feira (19), no Plenário da Câmara Municipal de Esteio,  diversas autoridades locais e estaduais debateram a possibilidade de criação de pedágio na rodovia ERS-118. A atividade foi conduzida pelo presidente da Frente, Leo Dahmer (PT) e contou com a presença dos vereadores integrantes, Fernanda Fernandes (PP) e Gilmar Rinaldi (PT), além dos deputados estaduais Miguel Rossetto e Stela Farias, ambos do PT. Dahmer falou sobre o sistema Free Flow  -  sistema de livre passagem sem praças de pedágio em rodovias e vias urbanas que leva em consideração a quantidade de quilômetros rodados, ou seja, um pagamento de pedágio proporcional -   que está em análise pelo governo estadual, que seria utilizado em toda extensão da rodovia.  "A Região Metropolitana de Porto Alegre tem uma população de 4,3 milhões de habitantes e todos têm alguma relação com a rodovia. O Vale dos Sinos tem 1,5 milhão de habitantes e a RS 118 é o principal trecho para acesso ao Vale do Gravataí, Freeway e sua população é pendular, pois saem pela manhã e voltam à noite do trabalho. Isso mostra o que seria o impacto econômico para nossa região caso a tarifa seja implantada", assegurou.

Na oportunidade, o empresário Darcy Luiz Zottis Filho, coordenador do Movimento RS 118 Sem Pedágio,  aurgumentou sobre tarifa da rodovia, que, se implantada, vai passar por seis municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre. Para ele, que por ser uma rodovia urbana, metropolitana, estrutural, com tráfego doméstico, pendular e diário, a RS 118 não pode ser pedagiada. A instituição da cobrança equivaleria, segundo ele, a pedagiar a BR-116 no trecho de Novo Hamburgo a Porto Alegre. O empresário sustentou ser injusto penalizar toda a Região Metropolitana com um pedágio por 30 anos para duplicar apenas 16 quilômetros. “A arrecadação prevista nesta praça é de R$ 4 bilhões ao longo de 30 anos, e o custo da duplicação é de R$ 110 milhões", relatou. 

Já o deputado Miguel Rossetto  população local tem direito a uma mobilidade justa. Ele reafirmou que o pedágio da RS-118 é injusto e desnecessário. Rossetto lembrou que no final do ano passado o governador Leite se dispôs a entregar 500 milhões de reais ao governo federal para duplicação da BR-116, em trechos no RS. "Porque não investir parte destes recursos nesta rodovia", demandou. Também a deputada Stela Farias (PT) considera o pedágio um erro. "Vamos buscar outras alternativas para não prejudicar ainda mais os moradores da região de Viamão", disse.

O empresário esteiense e ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Esteio (CDL), Paulo Matielo, reforçou que a rodovia não pode ser pedagiada. "A RS 118 tem 40 quilometros e apenas 16 estão sendo duplicados. Durante 20 anos esta via vem sofrendo com material de péssima qualidade; perdas humanas. Independente de partido, este projeto não traz qualquer  benefício à população", observou.
Dahmer falou que a proposta é mobilizar todas as câmaras do Vale do Sinos para que o processo de pedagiamento seja debatido amplamente. Também estiveram presentes vereadores de Sapucaia do Sul, Canoas, além de representantes de Porto Alegre. 
Por Comunicação Social - Assessoria de Imprensa