04/06/2012 - Esteio: Encontro discute projeto de restauração do Seminário Claretiano

 

Esteio: Encontro discute projeto de restauração do Seminário Claretiano

Um encontro proposto pelo Executivo de Esteio reuniu na tarde de sexta-feira (01), representantes do Ministério Público, Câmara de Vereadores, através do presidente Felipe Costella (PMDB), Conselho da Cultura, lideranças comunitárias e religiosas, entre elas a irmã Ana Garaffa, para tratar do andamento do Projeto de Recuperação do Seminário Claretiano.  A intenção é transformar o prédio, destruído por um incêndio em agosto de 2005, em um centro cultural, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, conhecida como a Lei Rouanet, através de parcerias com empresas privadas.

Durante a reunião, realizada no Salão Nobre da Prefeitura, a Secretária de Planejamento e Gestão Bernadete Konzen, disse que a primeira etapa do projeto prevê a restauração, apenas,  do prédio dos fundos do complexo - são ao todo três prédios - , que está menos danificado, além do cercamento do local e ressaltou que a Unibraspe e a Bettanin patrocinarão esta primeira fase das obras.

 Os moradores presentes no encontro pediram para que seja preservada a simplicidade dos prédios, já que a ideia é resgatar o projeto original. Os moradores ainda relataram que a situação de depredação e abandono está cada vez pior e que o local está servindo como refúgio para usuários de drogas e vândalos, e depósito de lixo. Para a realização da segunda etapa, que é a revitalização do prédio principal, a prefeitura ainda busca patrocínio. Participaram também da reunião o diretor da Câmara, Ricardo Silva, além dos vereadores Leonardo Dahmer (PT), Jaime da Rosa (PSB) e Therezinha Heller (PPS).

 

 História :  Em 29 de dezembro de 1940, foi lançada a pedra fundamental, dando início a construção do Seminário Claretiano, que viria abrigar jovens de todo o Rio Grande do sul, na formação superior de sacerdotes claretianos. Na época, estava à frente, o padre Felipe Atucha, também fundador da Paróquia Imaculado Coração de Maria. A inauguração do prédio, que possuía uma área de 11 mil metros quadrados, sendo 6.454 metros quadrados de área construída, foi em 19 de março de 1943. Em 1º de dezembro de 1990 o seminario encerrou suas atividades. Temendo a total destruição, a Câmara de Vereadores tombou o prédio como patrimônio histórico em 21 de agosto de 2000, através da lei municipal 3062/00. Em junho de 2004, o único padre que ainda residia no local, André Carbonera, vinha sendo "sitiado" por jovens que usavam os prédios para o uso de droga e prostituição. Em 13 de agosto de 2005, foi incendiado. No ano passado, a santa que ficava no prédio da frente, caiu e ficou em pedaços.

Por Méurin Fassini - estágio Jornal

Edição: Terezinha Bobsin - Reg Prof MTB 7156