Comissão de Saúde trata da situação dos cães comunitários na Travessa Guaíba

 


Animais têm impedido carteiros de entregar correspondências em várias residências do município, segundo ofício da agência dos Correios de Esteio

 

A situação dos moradores da Travessa Guaíba, no bairro Parque Amador, que estão impedidos de receber correspondência em função da quantidade de cães comunitários, foi a pauta da Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Assistência Social na tarde de hoje (25). Em oficio, a agência dos Correios salientou, questionada pela Câmara, que esses animais têm colocado em risco os carteiros, devido à sua agressividade. A reunião, chamada pelos vereadores Luiz Duarte (PT), Mário Couto (PDT) e Ari Zanoni (PSB), contou com a participação das ONGs Grupo Esteiense de Proteção aos Animais de Rua (Gepar) e Grupos de Amigos e Tratadores dos Animais (GATA), além de representantes da Secretaria de Meio Ambiente do município.

No encontro, a secretária de Meio Ambiente, Sabrina Reis, informou que o canil municipal realiza atendimento dos animais de rua e tem trabalhado para o controle populacional através da castração. “Não há mais espaço no canil”, lamenta. Além disso, Sabrina explicou que o canil municipal mantém um trabalho em parceria com as ONGs de proteção animal. A secretária também acrescentou que feiras e divulgação ajudam no serviço de adoção dos animais, além da iniciativa Catioro Go, aplicativo web desenvolvido pela prefeitura de Esteio para promover essa atividade.

Já a presidente da ONG Gepar, Dina Vicente, sugeriu fazer um projeto com materiais impressos e digitais para circular nas redes sociais e nas feiras de adoção, divulgando uma foto do “cão alfa” da matilha, que, segundo ela, é aquele que comanda o ataque aos demais cães do bando. Dina destaca que, para tanto, conta com a mobilização dos vereadores. “Tentamos dar uma vida digna aos animais de rua”, aponta. O representante da ONG GATA, Giovanni Streletcki, argumentou que o cão se sente acuado por considerar o espaço público como seu território. Giovanni pontua, ainda, que são necessários serviços como adoção ou adestramento desses animais. “É preciso ser conciliado ambos os lados”, justifica. Para o vereador Luiz Duarte, o primeiro passo é focar na procura de soluções na Travessa Guaíba.

 

Por Guilherme Pech - estágio em Jornalismo

Edição: Terezinha Bobsin - Reg prof MTB/RS 7156