Comissão de Saúde vai conhecer realidade dos internos do Abrigo Municipal Construindo Novos Sonhos amanhã


Denúncia de maus tratos, divulgada em redes sociais, chegou a ser debatida na  na Câmara de Vereadores no último dia 20

Conhecer a realidade sobre denúncias de maus tratos aos aos internos no Abrigo Municipal de Esteio, conveniado à Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial (ABEFI), de Novo Hamburgo. Esta é a intenção da  Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Assistência Social, integrada pelos  Jaime da Rosa (PSB), Michele Pereira (PT) e Beatriz Lopes (PT), que fará uma visita amanhã, 28, às 14 horas, ao abrigo.  Entre as reclamações dos internos estão questões de agressões, contenção, cárcere privado e problemas de alimentação. A entidade, que iniciou o convênio com o abrigo municipal em março deste ano, atende 20 pessoas, entre crianças, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social. Do total, 12 são ex-integrantes da Associação de Meninos de Esteio (Ame).
Durante reunião com a Comissão de Saúde na última terça-feira, 20,  o diretor-geral da entidade disse que estão sendo avaliadas todas as reclamações, inclusive que os internos já foram ouvidos. Bock relatou que ainda estão em processo de transição e que algumas regras de organização foram tomadas, a exemplo do fechamento dos portões em função dos menores e, especialmente com a alimentação. O diretor explicou que são feitas refeições pela manhã, meio-dia, à tarde e duas à noite. "Tivemos problemas com a entrega do leite e não houve tempo para resolver antes do café da manhã, mas todas as refeições são oferecidas. Antes, a cozinha era acessada a qualquer hora, sem limites ou regras de higiene. Atualmente, só podem entrar as pessoas autorizadas", afirmou.  O diretor-geral também garantiu que deverá fazer as diligências junto aos educadores para avaliar as possibilidade de agressão. "Nossa norma é jamais fazer o uso da força", falou, mas revelou que há casos conflitantes, em que os próprios internos se agridem.  "Há casos em que os educadores são agredidos. Entretanto, vamos conversar com os atendentes e, se for o caso, vamos demitir", informou. Ele alegou, ainda, que a coordenação e a direção  estão sempre à disposição para ouvir as reclamações ou sugestões dos internos.
Bock anunciou que dentro de alguns dias entrará em funcionamento a Casa Lar, localizada na Vila Olímpica, que vai oferecer acolhimento e proteção às pessoas, a partir dos 18 anos, em situação de vulnerabilidade, promovendo o fortalecimento do vínculo familiar, cidadania, reinserção social e autonomia, bem como pretende acelerar o processo de adoção.
Um documento chegou ontem (26), à Câmara de Vereadores, esclarecendo o caso e algumas medidas que foram adotadas para resolver a situação.
A  Abefi atua desde 1968 e tem como objetivo oportunizar educação, cultura, formação para o mercado de trabalho e ajudar as pessoas, crianças e adolescentes a se tornarem protagonistas da sua própria história.

Por Terezinha Bobsin Reg prof/MTB/RS 7156
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