Dusik emociona plateia em palestra de encerramento da Semana da Pessoa com Deficiência na Câmara de Esteio

 Participaram do evento os vereadores Euclides Castro(PP), Mário Couto (PDT), Rute Pereira (PP) e Sandro severo(PSB)

"São os nossos desejos, e não nossas condições, que determinam onde podemos chegar". Esta foi a frase que encerrou  a palestra do psicólogo e doutor pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Cláudio Duski, 41 anos, realizada na noite de ontem(28), no Plenário da Câmara de Vereadores, a convite do presidente, Sandro Severo (PSB). Dusik, que  sofre de uma atrofia muscular espinhal (AME) do tipo Werdnig-Hoffmann em estágio avançado, abordou, em forma de depoimento pessoal, o potencial da vida humana e a superação de desafios. 

Durante mais de duas horas, falou para um público seleto,  o sucesso de práticas inclusivas e barreiras que precisam ser vencidas  por pessoas com necessidades especiais. Dusik prendeu a atenção do público resgatando suas vivências numa época em que não haviam leis de proteção ou de inclusão em função das  limitações físicas e a persistência de sua mãe, Elisa Arnold, em busca de possibilidades de diversão e aprendizado do filho. "Minha mãe passou por grandes dificuldades para que escolas me aceitassem. Tinha que mostrar que eu não era um monstro", contou.  Falou ainda sobre a imposição da alfabetização antes dos cinco anos sem passar pela pré-escola; dos dias dos recreios solitários e das formas criativas que os colegas encontrariam nos anos seguintes para incluí-lo nas atividades e brincadeiras do recreio e no auxilio na sala de aula. "Minha grande alegria foi quando pude me sentar de frente para os colegas porque antes era eu, o quadro negro e o professor", assegurou. O psicólogo  arrancou aplausos e lágrimas do público quando expôs como foram os anos no ensino médio e depois a falta de recursos financeiros para cursar a faculdade, destacando que foi criada uma lei, na época, para que ele fosse levado inicialmente pela prefeitura e, depois, pela Câmara de Vereadores para a faculdade.

Dusik ainda discorreu sobre a Educação em Direitos Humanos e em Informática na Educação Especial, com ênfase em Ambientes Digitais/Virtuais no processo de ensino-aprendizagem; a inclusão digital e o desenvolvimento humano.

Nem mesmo a condição  de origem genética que causa degeneração de células da medula espinhal e provoca fraqueza e atrofia muscular progressivas, comprometendo os movimentos, tirou o sonho de Cláudio Dusik, de buscar mais formação. Em abril, conquistou o título de doutor pela UFRGS, quando desenvolveu uma interface entre o computador e pessoas com incapacidade motora grave, como a que ele próprio possui, para comunicação por piscadas de olhos. A tese defendida era: A interação entre interface cérebro computador e sujeitos com incapacidade motora grave para comunicação. Para desenvolver o programa, que já vem sendo utilizado por muitas pessoas na mesma condição gratuitamente, o psicólogo estudou computação, eletrônica, engenharia de software e neurociências. "Um dia vou parar de falar e quero continuar me comunicando", disse.

Claudinho como é carinhosamente conhecido, é servidor da prefeitura de Esteio e, há cinco anos, também apresentou como defesa de tese em Mestrado, o desenvolvimento de um teclado virtual para pessoas com limitações físicas.  Sobre perspectiva médica de não passar dos sete anos de idade, afirma: "A vida surpreende a ciência", concluiu.

Por Terezinha Bobsin - Reg Prof MTb/RS 7156

Kelberm disse:
08/06/2019 16h58
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