27/10/2011 - Desenvolvimento urbanístico da região da sub-bacia do Arroio Sapucaia é debatido na Câmara

Desenvolvimento urbanístico da região da sub-bacia do Arroio Sapucaia é debatido na Câmara

 

A Comissão de Urbanização, composta por Leonardo Dahmer (PT), Jaime da Rosa (PSB) e Jane Battistello (PDT), se reuniu, na noite de ontem (26) com representantes de municípios da região da sub-bacia do Arroio Sapucaia, de entidades ligadas ao tema e moradores de Esteio. Segundo o presidente da comissão, Leonardo Dahmer, o debate relacionado a enchentes é antigo em Esteio, e já surgiram projetos para tentar minimizar os danos, mas é preciso discutir questões mais amplas: “estudos apontam a necessidade de áreas para bacias de contensão”. Ele explicou que a intenção da audiência era de saber como os municípios estão pensando a questão, de acordo com seus respectivos planos diretores. Para Sérgio Cardoso, secretário de Desenvolvimento Econômico de Gravataí, o assunto é complexo: “o que estamos tratando mistura a gestão do município com a gestão regional da sub-bacia.

A discussão é fundamental, uma vez que os municípios têm ate 2013 para formular seus planos de saneamento”. Ele ainda comentou sobre a construção da RS 010, que pode servir de dique para o arroio, pois cortará o percurso da água perto da sua nascente, em Gravataí. A secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Canoas, Joceane Gasparetto, argumentou que o processo de urbanização é necessário, mas é preciso estar atento aos impactos gerados no meio ambiente: “em Canoas existe a Comissão de Controle Urbanístico, formada por técnicos que analisam os empreendimentos a serem construídos e propõe que os impactos sejam ressarcidos". Joceane ainda levantou a possibilidade de se criar uma bacia de contenção no vazio urbano entre Esteio e Canoas, próximo ao Parque Primavera.
 
 Já o coordenador da secretaria de Planejamento e Gestão de Cachoeirinha, afirmou que o município está disposto a dialogar sobre o tema. Conforme o secretário, Cachoeirinha resolveu seu problema de drenagem com um dique, há algum tempo atrás. Jaime da Rosa comentou que antigamente se dizia que um terço de Esteio era várzea do Rio do Sinos e que a área servia como uma espécie de esponja: “mas com a construção da BR 448 isso vai mudar, a água não vai ter onde se acomodar”. Ele ainda salientou: “se não fizermos bons debates e parcerias, o desenvolvimento sustentável da região estará em risco”. Ricardo Lanfredi, gerente de Segurança e Meio ambiente da Refinaria Alberto Pasqualini, concorda: “a partir de avaliações bem feitas, é possível se não diminuir, pelo menos frear o aumento das áreas passíveis de inundações. A Refap compartilha da preocupação com as enchentes".
 
Leonardo Dahmer explicou que a comissão não se opõe ao desenvolvimento, mas propõe a avaliação dos impactos. “A questão é definir onde serão as áreas e como serão captados os recursos. Esse debate deve passar por espaços como a Granpal, o Coredes e o próprio fórum da sub-bacia, além da Secretaria Estadual de Meio Ambiente”. O vereador também salientou que a discussão foi levantada por Esteio, porque é o município que mais sofre, pois acumula os arroios Esteio, Sapucaia e Guajuviras, antes que eles desemboquem no Rio do Sinos. Ele lembra que em 2005, na última grande enchente, 3 mil esteienses foram afetados
Por Sâmela Lauz - estágio jornal
Edição Terezinha Bobsin reg prof MTb/RS 7156 

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