Mostra quer conscientizar sobre epilepsia

Mostra quer conscientizar sobre epilepsia


26/03/2013 - "Primeiro, a pessoa perde a consciência e cai. Depois, fica com o corpo totalmente rígido e começa a se debater". Assim a esteiense Juliane Magna Machado, 22 anos, explica como ocorre uma crise epiléptica - uma desordem neurológica caracterizada por descargas elétricas anormais dos neurônios - , que não dura mais que um minuto, mas que tem complicado sua vida. Juliane, que é portadora da doença desde os 15 anos, salienta que não consegue trabalho em função do preconceito: "Sempre informo às empresas que sou portadora e acabo perdendo a vaga devido a falta de informação", destaca a esteiense que está realizando uma exposição sobre o Dia Mundial da Epilepsia (Purple Day), comemorado hoje(26 de março), no Saguão da Câmara de Vereadores de Esteio. A ideia da jovem, com apoio do vereador Felipe Costella(PMDB), é iniciar uma campanha de conscientização sobre a doença no município. A exposição, que ficará até o final da tarde de hoje(26) explica sobre a epilepsia, características, causas, procedimentos durante a crise, sintomas e a medicação. Juliene reforça que as pessoas têm medo do contato com o epilético. "A doença não é contagiosa. Quem já viu uma crise epiléptica fica assustado. E se pergunta: 'Como pode uma pessoa de uma hora para outra perder o controle e se debater daquele jeito?'. É por isso que o preconceito ainda é grande", afirma. Números: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 1% da população mundial é portadora de epilepsia. No Brasil, os epilépticos somam 1 milhão e a desordem é a segunda maior causa de procura por atendimento nos serviços de neurologia do País, conforme indica um levantamento da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp.

 

Por Méurin Fassini.