Câmara de Vereadores analisa situação de denúncia no Abrigo Municipal



Uma denúncia, que está sendo divulgada nas redes sociais,  de maus tratos  aos internos no Abrigo Municipal de Esteio, conveniado à Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial (ABEFI), de Novo Hamburgo, foi tema de reunião na Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Assistência Social, na tarde de hoje(19), na Câmara de Vereadores. Os vereadores integrantes da comissão, Jaime da Rosa (PSB), Michele Pereira (PT)e Beatriz Lopes (PT), além de Leonardo Pascoal (PP), Felipe Costella(PMDB), Harri Zanoni(PSB), Jane Battistello(PMDB), Rafael Figliero (PTB) e Leonardo Dahmer (PT) e o presidente Marcelo Kohlrausch (PSB), receberam o diretor-geral da Abefi, pastor Carlos Eduardo Müller Bock, e o secretário de Cidadania e Assistência Social, Adival Oliveira. Entre as reclamações dos internos estão questões de agressões e problemas de alimentação. A entidade, que iniciou o convênio com o abrigo municipal em março deste ano, atende 20 pessoas, entre crianças, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social. Do total, 12 são ex-integrantes da Associação de Meninos de Esteio (Ame).
Na oportunidade, o diretor-geral da entidade disse que estão sendo avaliadas todas as reclamações, inclusive que os internos já foram ouvidos. Bock relatou que ainda estão em processo de transição e que algumas regras de organização foram tomadas, a exemplo do fechamento dos portões em função dos menores e, especialmente com a alimentação. O diretor explicou que são feitas refeições pela manhã, meio-dia, à tarde e duas à noite. "Tivemos problemas com a entrega do leite e não houve tempo para resolver antes do café da manhã, mas todas as refeições são oferecidas. Antes, a cozinha era acessada a qualquer hora, sem limites ou regras de higiene. Atualmente, só podem entrar as pessoas autorizadas", afirmou.
O diretor-geral também garantiu que deverá fazer as diligências junto aos educadores para avaliar as possibilidade de agressão. "Nossa norma é jamais fazer o uso da força", falou, mas revelou que há casos conflitantes, em que os próprios internos se agridem.  "Há casos em que os educadores são agredidos. Entretanto, vamos conversar com os atendentes e, se for o caso, vamos demitir", informou. Ele alegou, ainda, que a coordenação e a direção  estão sempre à disposição para ouvir as reclamações ou sugestões dos internos.
Bock anunciou que dentro de alguns dias entrará em funcionamento a Casa Lar, localizada na Vila Olímpica, que vai oferecer acolhimento e proteção às pessoas, a partir dos 18 anos, em situação de vulnerabilidade, promovendo o fortalecimento do vínculo familiar, cidadania, reinserção social e autonomia, bem como pretende acelerar o processo de adoção. Conforme ele, a Abefi atua desde 1968  atendendo com assistência e educação a milhares de pessoas, têm como objetivo oportunizar educação, cultura, formação para o mercado de trabalho e ajudar as pessoas, crianças e adolescentes a se tornarem protagonistas da sua própria história.
Conforme a vereadora Michele Pereira, a Comissão vai aguardar um documento oficial da entidade com todos os detalhes sobre o episódio e, também vai agendar uma visita ao local. 

Por Terezinha Bobsin Reg prof/MTB/RS 7156
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