Comissão de Saúde trata de problemas no Hospital São Camilo

 

Presidida pelo vereador Jaime, reunião tratou de problemas no ar condicionado, suposta falta de medicamentos e fim de laboratório dentro da instituição

 

Durante a tarde desta terça, dia 8, a Comissão de Saúde, composta pelos vereadores Jaime da Rosa (presidente - PSB), Beatriz Lopes (secretária - PT) e Michele Pereira, se reuniu com representantes da direção do Hospital São Camilo, Sindicato dos Servidores de Esteio (Sisme) e funcionários. Durante o encontro, foi tratada denúncia recebida pelos vereadores, em 25 de fevereiro.

O documento, encaminhado pelo Sisme, solicita que sejam fiscalizadas as condições técnicas e sanitárias de funcionamento do hospital. Também pede que a Câmara solicite uma vistoria da Vigilância Sanitária e dos conselhos regionais de medicina (Cremers) e de enfermagem (Coren) na instituição de saúde.

Entre os problemas que motivaram a denúncia, estaria o fato de que as alas amarela e laranja do hospital, que atendem pacientes com diferentes graus de riscos, estão sendo colocados em um mesmo local, devido a um problema no ar condicionado.

O diretor administrativo do Hospital, Norberto Bierhals, afirmou que o Crems, Corem e Vigilância Sanitária fazem auditorias constantes na instituição. Ressaltou que os pacientes foram colocados na mesma sala para que tivessem mais conforto. Afirmou ainda que o problema se deu devido a uma obra na rede elétrica que estava sendo realizada no local, e que terminou na última segunda. “Agora ficou uma rede só para os aparelhos daquela ali e ficou uma outra específico só para a rede elétrica”, explicou.

Outra situação tratada foi a suposta falta de medicamentos no Hospital. Uma lista foi divulgada em uma rede social onde constavam uma série de antibióticos que faltariam na instituição. Sandra Mokva, diretora técnica do São Camilo, explicou que os medicamentos constantes no documento podem ser substituídos por outros e ressaltou que não existe falta de remédios e sim um processo de compra onde eles não podem ser repostos imediatamente. Também ressaltou que nenhum paciente ficou sem tratamento.

Outra questão tratada foi o fechamento do laboratório que funcionava no hospital. Questionado pelo vereador Jaime, Josué Nunes, servidor da instituição, relatou que situação estaria causando atraso no resultado de alguns exames, visto que as amostras têm de ser levadas para outro local, para serem analisadas. Em alguns casos, o material chegaria no laboratório além do prazo e os exames teriam de ser refeitos. 

Norberto afirmou que o laboratório tem a estrutura necessária para atender a instituição e não há necessidade de que ele funcione dentro do hospital. Ressaltou que apenas em alguns casos foram necessários refazer os exames. “Isso é uma obrigação do nosso contratado. Eles têm que recolher as amostras, fazer as análises e trazer no tempo determinado”, afirmou.

Outra questão foi a diminuição do tempo de trabalho na área de enfermagem. Aline Baladão Santos, presidente do Sisme, afirmou que teria sido acordado com a antiga direção da instituição uma redução na carga de trabalho dos enfermeiros.

Norberto explicou que não existiu um acordo para diminuir o número de horas de trabalho. Na verdade, segundo ele, foi decidido entre antigos diretores e servidores que fosse feito um projeto-piloto para testar a possibilidade de diminuir o tempo de trabalho semanal de 36 para 30 horas semanais. No caso da medida não trazer custos adicionais ao São Camilo, a medida seria implantada definitivamente. O diretor afirmou que foi constatado, após a nova carga horária ser testada por um mês, que a medida traria mais gastos ao hospital.

 

Por Gustavo Santos - Reg prof MTB/MG 14986

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