Comissão de Urbanização busca solução para área de lixão no Tamandaré


Prefeitura garante que vai entregar obra de infraestrutura na próxima semana. Proprietários dos lotes precisam fazer projeto para garantir instalação de energia


A área de terras localizada entre as ruas Santa Rita de Cássia, Rio Pardo e avenida Luiz Pasteur,  no bairro Tamandaré, e que há anos vem servindo de lixão, foi tema de reunião chamada pela Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação, entre a Consultoria Jurídica, Secretaria de Obras, proprietários de lotes, moradores  e a empresa concessionária de energia AES Sul, na tarde de ontem(30), na Câmara de Vereadores. Os moradores vizinhos ao loteamento, a exemplo de Antônio Stein, relataram à comissão, presidida pelo vereador Marcelo Kohlrausch(PDT) e integrada pelos vereadores Harri Zanoni(PSB) e Leonardo Dahmer(PT),  que temem a volta do descarte de todos os tipos de lixo,  inclusive,  animais mortos, além da falta de segurança que o local oferece. No loteamento, aprovado há mais de 30 anos e que tem total de 4.851 metros quadros, passa a rede de alta tensão e  não existem residências. Os proprietários, entre eles Moisés Fagundes, planejam construir, mas sem auxilio do poder público para o arruamento e a instalação de postes de energia, "fica inviável", afirma.
Os moradores apresentaram, ainda, um termo de responsabilidade e compromisso entre o município, AES Sul e empresa construtora, para a abertura e a infraestrutura da avenida das Nações, junto ao loteamento. No termo, assinado em 2013, o município comprometeu-se a fornecer o levantamento topográfico, a terraplenagem, além da mão de obra  para colocação do meio-fio e a compactação de brita. Já a empresa AES Sul, deveria abrir a via, e os proprietários, o fornecimento dos meios fios e brita graduada, além de possíveis materiais adicionais. Entretanto, mesmo com o termo, as ações não seguiram adiante.
Conforme a  gestora para o Poder Público da AES Sul, Alessandra Kozlowski, que disse não ter conhecimento do documento, assim como o setor jurídico da prefeitura, a concessionária não pode colocar os postes para a instalação de energia em área particular. "Os proprietários precisam de projeto da área para que a concessionária possa fazer a ligação na via pública e que a rua seja reconhecida pelo município", destaca.
Já o secretário de Obras, José Luiz da Silva, garantiu que fará a entrega da obra na avenida das Nações na próxima semana. Ele salientou que a demora na entrega da obra se deu em função de quebra de contrato com a empresa Incopagra, que se recusou a fazer parte do trabalho. "Já temos outra empresa contratada - a Cia Norte - que já está desenvolvendo a terraplanagem", disse alertando que a prefeitura está fazendo o que é de sua competência. Silva também relatou que o Executivo não possui recursos para a colocação de postes.
Conforme Kohlrausch, a resolução do problema da área já avançou, mas precisa ser encontrada uma forma mais eficiente, com a participação de todos os envolvidos no processo."A prefeitura já sinalizou com a conclusão da infraestrutura. O papel do vereador é cobrar , chamar as partes e buscar um acordo  legítimo, em defesa da comunidade", explicou.

Recicle Mais, pague menos:

Durante a reunião, a pedido da Comissão,  outro assunto tratado foi sobre a possibilidade de Esteio  participar do projeto desenvolvido pela Aes Sul, Recicle Mais, Pague Menos. O projeto consiste na troca resíduos sólidos recicláveis por bônus que podem zerar a conta de luz dos clientes residenciais, implantado em 2013 pela concessionária. A ideia, conforme os vereadores, é que a Cooperativa  de Trabalho de Recicladores de Esteio possa participar do processo, como posto de coleta e reciclagem.  Entretanto, de acordo com a gestora, para este ano não haverá mais a possibilidade de inclusão do município. Até o momento, participam do programa com postos de coleta as cidades de Canoas e São Leopoldo "Vamos tratar da inclusão de Esteio para o ano que vem", garantiu.

Como funciona do programa: Para participar o cliente leva os materiais até um posto de coleta e faz o cadastro com uma conta de energia a partir do Código de Cliente. Os resíduos são pesados e os créditos somados, creditados na próxima fatura de energia elétrica. Em cada pesagem é emitido um comprovante da transação de modo que possa ser controlado pelo cliente. A remuneração por cada tipo de material segue valores de mercado. Não há limite de volume, o que possibilita ao cliente inclusive zerar sua conta e acumular créditos para a conta do mês seguinte.
Todos os clientes residenciais da AES Sul podem participar desde que levem os resíduos até um dos postos de coleta. Os itens aceitos no projeto (metal, papel, plástico, vidro e tetra-pak) são amplamente divulgados, pois seguem parâmetros de viabilidade de reciclagem. Os postos de coleta podem ter dois formatos: uma tenda (volante) e um contêiner (fixo), ambos têm a mesma estrutura de atendimento.

Por Terezinha Bobsin Reg prof MTb 7156