Comissões de Segurança e Urbanização discutem obra de responsabilidade da Corsan


Obra teria sido a causadora de abalo em duas torres no empreendimento no bairro São Sebastião em fevereiro deste ano

As comissões de Segurança Pública, Defesa do Consumidor e Direitos Humanos e de Urbanização, Transporte e Habitação, integradas pelos vereadores Márcio Alemão (PT), Harri Zanoni (PSB), Sandro Severo (PSB), Mário couto (PDT) e Leo Dahmer (PT), reuniram-se na tarde de hoje (7), com representantes da Corsan para tratar sobre a obra que causou transtornos aos moradores do Residencial Rossi, localizado no bairro São Sebastião. A estatal foi convidada para prestar esclarecimentos no Legislativo em razão do serviço de esgotamento sanitário de empresa terceirizada da Corsan, que acabou causando, de acordo com a Defesa Civil, risco de desabamento de dois blocos do empreendimento.

De acordo com o engenheiro da Corsan, Wilson Leipnitz, a questão já foi resolvida e não apresenta mais nenhum perigo aos moradores do local, inclusive sendo afirmado pela Defesa Civil. “Ficou um serviço de aspecto feio, mas em nenhum momento ofereceu riscos, pois estava sendo monitorado por técnicos de segurança todo o tempo”, afirma. O vice-prefeito de Esteio, Jaime da Rosa, perguntou sobre a necessidade de escoramento que não havia na obra. “Dizer que a obra possui técnico responsável não garante a falta de perigo”, acrescenta.

Jacob Chamis, representante da empreiteira Porto Obras LTDA, responsável pela obra, informou que não havia necessidade de um escoramento, pois foi cavada uma vala de tamanho maior justamente para garantir a segurança. “O que aconteceu foi um rompimento inesperado da rede de água, no entanto, foi trabalhada a escavação do solo em 45° graus para que o solo sustentasse por si só, e sustentou”, argumenta.

O presidente da Comissão de Segurança, vereador Márcio Alemão (PT), agradeceu as explicações da Corsan, e afirmou que estava questionando de acordo com os moradores do local. “Estamos trabalhando com o que os moradores nos reportaram, e eles ainda estão receosos”. Já o engenheiro representante da Corsan, Luiz  Perazzoni, lamentou a preocupação dos moradores e informou que apesar da repercussão o problema já foi resolvido. “Os riscos estavam na calçada e não nos prédios, mas a situação foi controlada rapidamente”, enfatiza.
A reunião ainda contou com a presença de Ângelo Alves, engenheiro da Corsan,  do presidente da Câmara, Felipe Costella (PMDB), da vereadora Rute Pereira (PMDB), além  de moradores representante da comunidade.

Entenda o caso:

Em 16 de fevereiro, um dos acessos de entrada para os blocos 33 e 34 do Residencial Rossi, localizado na Rua Bento Gonçalves, no bairro São Sebastião, foi interditado pelos agentes da Defesa Civil em razão do risco de desabamento das duas torres. O motivo foi uma obra de esgotamento sanitário, realizada por uma empresa terceirizada da Corsan. A intervenção, feita pela Rua Liberdade, que fica nos fundos do condomínio, culminou na quebra de um dos canos da rede e no extravasamento da água, causando pânico entre os moradores.

Com isso, parte do terreno sob o prédio cedeu e algumas famílias precisaram ser retiradas de parte dos blocos atingidos. Na época, a Corsan informou que se tratava de uma obra na rede de esgotos sanitários que está sendo realizada a cinco metros de profundidade. Houve uma movimentação do solo próximo ao muro do condomínio, o que danificou a calçada que dá acesso ao prédio.
Por Danielle Della Passe - estágio em Jornalismo
Edição; Terezinha Bobsin - reg prof MTb/RS 7156