Vereadores recebem presidente de ONG defensora dos animais para esclarecimento sobre retirada de recursos

 

A vereadora Bia Lopes (PT), representando a Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Assistência Social, recebeu na tarde de hoje(20, na Câmara de Vereadores, o presidente do Grupo de Amigos e Tratadores de Animais (GATA), Giovanni Streletcki, e demais representantes da ONG para falar sobre a retirada do projeto que prevê recurso de R$ 100 mil para a organização. Isso ocasionou a paralisação do convênio deste ano, ficando a cargo da nova diretoria, que será eleita em novembro, tratar das questões de castrações e atendimentos emergenciais dos animais de rua da cidade. Na semana passada, os vereadores debateram a questão com os secretários do Meio Ambiente e de Obras Viárias.

 O presidente da organização explicou que, em razão de uma reunião interna, foram apontados “erros gravíssimos” que precisavam de justificativa e, em função disso, foi feito um acordo de redirecionamento dos recursos. Entre os motivos que levaram à paralisação do convênio, ele destaca que era necessário transportar os animais e não havia estrutura para isso. “Como não temos veículos destinados à causa animal, começamos a usar nossos próprios carros. Estamos todos pagando isso até hoje”, conta.

 Giovanni destaca também que não havia um médico veterinário para auxiliar no acompanhamento dos animais no pós-operatório, nem um local adequado após as castrações. “Como iríamos abraçar o convênio se não teria local para eles ficarem, nem veículo para buscá-los”, questiona. Ele também lembra que foi contratada uma veterinária por meio de um concurso público, “mas ela não tem experiência”, obrigando a ONG a realizar parcerias não oficiais com outros profissionais. “Se ela não castra, então, para nós, não adianta. Se tornou totalmente inviável a prática do convênio”, pontuou.

 Ainda de acordo com o presidente da entidade, foi decidido que, se não há maneiras de permanecer com o projeto, “vamos utilizar o dinheiro para reestruturações”. A ideia é realizar uma reforma no canil e adquirir um veículo, além de destinar parte dos recursos aos medicamentos. O vereador Leonardo Pascoal (PP), que também participou da reunião, destacou o receio de que esses recursos não sejam destinados a esses fins. “Se aguardar a rubrica da Secretaria de Meio Ambiente, pode ser que o dinheiro seja retirado para outras prioridades por decreto”, disse. Já o vereador Rafael Figliero (PTB) destacou que admira o trabalho da ONG. “O município tem que enxergar vocês como parceiros”, afirmou.

 Foi definido que será realizada audiência pública com representantes do Executivo para continuar discutindo sobre essa questão. Também participaram da reunião os vereadores Ari Zanoni (PSB) e Jane Battistello (SD).

 

Por Marco Prass -  estágio em Jornalismo

Edição: Terezinha Bobsin - reg Prof MTb 7156

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Sandra Silveira disse:
28/10/2015 10h05
Há alguns equívocos na matéria, sugiro obter mais informações no meio ambiente, até como contraponto.
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